Pular para o conteúdo principal

Precisa-se de um Pai!

Todos nós percebemos a peraltice de nossas crianças atualmente. Sofremos ou causamos essa pirralhia? O que seria mais cabível aqui, já que nossos pequenos têm mais voz ativa que os próprios pais (cuidadores).
No olhar psicanalítico, estamos sofrendo pela falta da figura paterna, o que não significa somente a falta de um pai (para as mães solteiras), mas sim da falta de alguém que dê limite, sem medo ou piedade, dê o corte, o não.
Voltemos um pouco a teoria, não o queria, mas é preciso para explicar a minha visão. Segundo as teorias psicanalíticas, em uma família há papéis distintos ente a figura materna e a figura paterna. Na maioria das vezes esses papéis já são designados socialmente.
Comecemos com a figura materna, esta exerce a função de acolhimento, cuidado, carinho, mimo, etc. e não é necessariamente a mãe. Contrapondo-se a esta, temos a figura paterna, que é como já foi mencionado exerce o limite, o corte, o não.
Por muito tempo esse foi o papel do pai, aquele cuidador “carrasco”, por tempos, temido e não só respeitado. Então as coisas evoluíram e as mulheres começaram a ter essa função, educar fazer com que os valores fossem internalizados. Hoje em dia, com a ida da mulher para o mercado de trabalho, para quem foi incumbida essa responsabilidade? Onde está essa tal figura paterna?
Não a percebemos nem nos pais muito menos nas mães, isto está gerando um certo adoecimento social, não se consegue o amadurecimento da psiquè o que gera problemas tanto para os pais quanto para as próprias crianças.
Precisamos de vocês, figuras do não, a sociedade, as próximas gerações, o futuro depende de vocês!!!
Não estou defendendo a robotização ou massificação das crianças. Crianças não são pequenos adultos não são resultados do egocentrismo dos pais, que acreditam deter todo saber, sendo todos “verdadeiros e únicos sem se importar com as necessidades das crianças.
Defendo, portanto, o brincar, o estar como o outro para o seu desenvolvimento.
A persona, é formada das vivências com o outro junto às suas interpretações do outro. Mas, como as crianças dessa tal geração y vão formar essa persona (ego), se esse encontro com o outro é feito através de uma tela de computador? Se para a comunicação dentro de uma mesma casa usam o MSN?
A modernidade com toda sua tecnologia nos trouxe grande comodidade, mas em contrapartida nos deu muito mais trabalho para mantê-los, tanto trabalho que esquecemos de coisas simples como supervisionar o dever de casa das crianças, esquecemos de olhá-los nos olhos e dizer que os ama, e dialogar e orientá-los sobre os perigos que essa vida pode proporcionar-lhes.
Precisamos reanimar os vínculos perdidos, reconhecer nossos filhos. Nossas escolhas devem mudar para nosso futuro também mudar. Devemos unir os individuais, reconquistar atenção. Se isso não acontecer o que será de nós e das crianças desta e das próximas gerações?
Uma sociedade doente!
Precisamos de você, pai!!!

Comentários

  1. Muito bom esse post amiga parabéns eu adoro seus textos continua assim

    ResponderExcluir
  2. NUNCA ESTAMOS SÓS LARISSA QUERIDA! QDO MINHA MÃE SE FOI SENTI Q MEU MUNDO ACABARA. SÓ POUCO A POUCO DESCOBRI NA PRÁTICA QUE A VIDA TEM A COR QUE A GENTE PINTA. EMBORA SEJA UMA MENSAGEM ANTIGA SUA AINDA É ATUAL. VAMOS MUDAR O CENÁRIO E PINTA LO DE UM AZUL ESPERANÇA/

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Uma Retomada

Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses. Rubem Alves   Eu prometi pra mim mesma, não abandonar meus sonhos e minhas metas. Uma delas é: escrever, nem que seja duas ou três linhas todos os dias, talvez um pouco mais e, mesmo se eu não gostar, postar... um motivo? Preciso voltar a praticar a escrita, ninguém se torna grandioso sem a prática.  Ando precisando praticar muitas coisas. E sinceramente ando entendendo tanta coisa que não tinha o menor interesse há poucos meses. Aprender com os erros, a melhor das aprendizagens.  Aprendi que a omissão de fatos ou de sentimentos e descontentamentos nos leva a perder quem amamos (ou o amor que tínhamos), mas aprendi também que a verdade sem amor é apenas crueldade e que machuca (eu realmente citava a frase, mas não compreendia seu significado, eu fui cruel e perdi admiração, carinho e amor de alguém que me era muito cara.  Aprendi que algumas coisas podemos recuperar, mas isso...

O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias

Pelo tema do meu trabalho de conclusão de curso, na universidade (puxa vida, falta muito pouco para ser uma psicóloga!), venho pesquisando cada vez mais sobre a Ditadura Militar. No cinema há vários recortes desse período, muitos destes estão além da história formal, as memórias individuais, aquelas que ainda não conseguiram o direito de existir, retratando, então, relatos muito particulares na história da sociedade daquele momento, são roteiros de alguns outros, os que foram marginalizados por aqueles que detinham o poder e, seus atos institucionais. No filme “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” (empregado, também, como título desta reflexão), há a apresentação da história  do garoto Mauro, que aparentemente tinha um bom nível de vida, junto de seus pais, em Minas Gerais, entretanto sua vida se transforma em um verdadeiro dramalhão quando seus pais saem de férias, esta sendo uma nomeação de camuflagem para sua fuga, pois eram revolucionários, precisaram manter-se na cla...

BUSCANDO

Dias frios, relações abaladas E eu só penso em você Saudades daquilo que não tive E daquilo que nunca mais terei. Perdendo motivos, verdades Saindo de mim, ou ao menos tentando Buscando... Não sei o que nem porque... apenas buscando. Buscando musica No farfalhar de folhas nas arvores Buscando algo, um pouco de vontade. A minha própria razão se foi Ensandecida, estou louca! Ou, apenas humana? Add caption