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O MUNDO NÃO ESTÁ DOENTE, ELE ESTÁ GRÁVIDO.


(...)
Porque esperar
Se podemos começar
Tudo de novo?
Agora mesmo,
A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance,
O sol nasce pra todos,
Só não sabe quem não quer
(...)
Até bem pouco tempo atrás,
Poderíamos mudar o mundo,
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor,
E toda dor vem do desejo,
De não sentimos dor
(...)
QUANDO O SOL BATER NA JANELA DO SEU QUARTO - LEGIÃO URBANA

Após assistir a um depoimento, no mínimo intrigante do sociólogo e jornalista uruguaio Eduardo Galeano, me despertei para algumas reflexões acerca dos assuntos abordados em sua pequena entrevista. Há tempos não me lançava a pensar algo mais voltado para a política (como ação humana) e para o social, mas resolvi fazer alguns apontamentos que me foram levantados diante de suas falas.
A entrevista em questão aconteceu em meio de um manifesto que estava ocorrendo na Europa  encabeçado por jovens espanhóis. Foi-lhe perguntado qual a visão que tinha a respeito da crise global e do movimento, de fato. 
    Nos reforça que o mundo está gestante, de um novo mundo, algo diferente. Por estar gestante o mundo está realmente mais sucessível a mudanças de humor, um pouquinho mais de depressão, está com a “saúde” mais frágil. Uma característica desta é que está sendo mais demorada e o parto parece ser mais complicado que de outros momentos, onde as mudanças também foram necessárias, mas ao que parece, valerá a pena.
    Esse mundo, com características fragilizadas dará a luz a algo diferente, ainda não podemos e não devemos saber como será, afinal é algo que nunca foi visto (como se ninguém tivesse entendido).
    Só espero que não ocorra como em outros tempos em que o povo vai a luta, ganha seu poder e não usufrui daquilo que conquistou, pela submissão a um ditador, que se utiliza a violência para o controle da sociedade, uma característica recorrente nas revoluções que datam desde o século XVII até o século XX aquelas que estudamos ou que ao menos estavam em nossa grade curricular.
    Podemos esperar que nós jovens possamos perceber a grande injustiça que ocorre, não só no Brasil, mas está em um âmbito muito maior, a problemática é global. Onde aqueles que roubam, matam (não com as próprias mãos, ou quase) enganam não apenas um ou dois, mas sim uma nação inteira estão no poder e, pra ficar pior tem os maiores e melhores  salários de todo aquele país.
Como podemos conceber que penitenciárias fiquem abarrotadas de pais de família
que, muitas vezes sem condições de vida digna rouba para dar de comer aos filhos, ou um jovem que se viciou em drogas, por falta de subsídios na prática de esportes ou desenvolvimento de suas habilidades inatas, que pobre viu nas drogas uma fuga plausível para sua dura realidade. Perdemos a noção do que é justo, no mínimo.
    Para finalizar, gostaria de lembrar que nós jovens podemos mudar isso... o mundo começa agora.

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