Vou guardar os teus soluços mais delicados
Teus olhos e teus casacos de fio
Vou guardar os teus sorrisos apaixonados
Teu jeitinho de sozinho sorrir, mesmo quando só faz frio
Vou guardar os teus cabelos tão bagunçados
À noitinha antes da gente ir dormir
Vou guardar tuas vitórias e os teus pecados
E as histórias que eu gostava de ouvir
Naquelas tardes de sol, nas manhãs de sol
E eu vou guardar tuas manias e os teus errados
Teus trejeitos e as covinhas ao rir
Vou guardar os teus sossegos mais agitados
Teu jeitinho de me fazer sorrir
Mesmo quando não faz sol, não faz sol
E quando eu não lembrar de mais nada
Nem das rugas, nem dos anos
Nem dos nomes, e nem do frio
Vou querer te contar
Como foi o meu dia
E passear
Te dizer o que eu quero pro jantar
Descansar
Desse dom
De viver só pras lembranças
Por não ter mais nada pra guardar
Vou poder me sentar enfim
E tomar esse café a dois
Pra nunca mais vivê-lo só depois.
Acordar em plena madrugada e se lembrar de uma música que te marcou (e marca) em tantos aspectos é talvez uma dádiva, a vida dizem que é sobre esquecer, mas lembrar-se é tão bonito e importante quanto esquecer.
Lembrar-se das cores e dores de ser quem é, lembrar-se de quem passou por você e mudou tudo, planos, comportamento e principalmente modo de ver o mundo.
Celebrar quem se foi, celebrar quem tornou-se tudo em um momento e logo depois nada, apenas por ter existido na minha história. Este é o meu sentimento hoje.
Celebrar os sorrisos, as risadas. Agradecer o choro e o crescimento.
Lembrar que cada fase de vida já passado chegou com uma dor e delícia, e foi vivida de forma intensa, sem arrependimentos. Toda minha história me trouxe até aqui, me firmou como sou.
Hoje, talvez, não tome um café a duas, hoje talvez esteja só, mas tenho tantas lembranças boas dentro de mim, tanto amor, tanto carinho, que o fato de estar longe e mais ainda sem pertencer não me afeta de forma negativa, estou em paz (não que a saudade não seja enorme, sim, "mal começou e eu já estou com saudade"), porém sei que vai ficar bem, que vamos ficar bem.
Talvez esse café a duas venha em um outro momento de vida, talvez ele nunca chegue... são tantas incertezas que nos abateu, estávamos tão certas de tudo. Essa mutabilidade da vida é tão linda, no amanhã nada é certo, esquecemos disso na confecção dos nossos planos, a vida se tratou de nos mostrar.
Que venha o futuro e eu consiga te manter em mim com a mesma intensidade de hoje. Que venha o futuro e que consigamos nos reencontrar. Que venha o futuro e que tenhamos muitas manhãs e tardes de sol para sorrir juntas e que possamos tomar nosso café a duas, nos amando como sempre.
Vou guardar os teus soluços mais delicados
Teus olhos e teus casacos de fio
Vou guardar os teus sorrisos apaixonados
Teu jeitinho de sozinho sorrir, mesmo quando só faz frio
À noitinha antes da gente ir dormir
Vou guardar tuas vitórias e os teus pecados
E as histórias que eu gostava de ouvir
Naquelas tardes de sol, nas manhãs de sol
Teus trejeitos e as covinhas ao rir
Vou guardar os teus sossegos mais agitados
Teu jeitinho de me fazer sorrir
Mesmo quando não faz sol, não faz sol
Nem das rugas, nem dos anos
Nem dos nomes, e nem do frio
Vou querer te contar
Como foi o meu dia
E passear
Te dizer o que eu quero pro jantar
Descansar
Desse dom
De viver só pras lembranças
Por não ter mais nada pra guardar
Vou poder me sentar enfim
E tomar esse café a dois
Pra nunca mais vivê-lo só depois.
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